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Eleições no Irã têm a participação mais baixa da história do regime

g1.globo.com
Eleições no Irã têm a participação mais baixa da história do regime
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Essas foram as primeiras eleições desde setembro de 2022, quando houve uma série de protestos no país pela morte da jovem curda Mahsa Amini, que morreu depois de ser presa por supostamente violar o código de vestimenta iraniano. Rua comercial da cidade de Teerã, no Irã, em 3 de março de 2024
Atta Kenare / AFP
O governo do Irã anunciou nesta segunda-feira (4) que a taxa de participação nas eleições legislativas de sexta-feira foi de 41%, o número mais baixo desde a Revolução Iraniana, em 1979.
Cerca de 25 milhões dos 61 milhões de eleitores participaram, o que representa uma taxa de 41%, disse o ministro do Interior, Ahmad Vahidi, em uma coletiva de imprensa.
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Campanha pela abstenção
Essas foram as primeiras eleições desde setembro de 2022, quando houve uma série de protestos no país pela morte da jovem curda Mahsa Amini, que morreu depois de ser presa por supostamente violar o código de vestimenta iraniano.
Comerciantes fecham as portas em apoio à onda de protestos no Irã
Diversos candidatos moderados ou reformistas foram desqualificados das eleições.
A principal coalizão de partidos reformistas, a Frente Reformista, anunciou que não participaria de "eleições sem sentido", depois que vários de seus candidatos foram desqualificados.
Por essas causas, o principal desafio para o governo nessas eleições era justamente a participação, e as pessoas contrárias ao regime fizeram campanha pela abstenção.
Parlamento controlado por ultraconservadores
Devido ao boicote, o próximo Parlamento estará amplamente sob controle dos partidos conservadores e ultraconservadores, movimentos governistas do presidente Ebrahim Raisi, eleito em 2021.
Os iranianos votaram para eleger 290 deputados do Parlamento e 88 membros da Assembleia de Peritos, responsável pela nomeação do guia supremo.
O número de deputados reformistas ou centristas será de 45, segundo estimativas de jornais moderados. A maioria apoia uma linha rígida sobre os valores da República Islâmica e uma posição firme com os países ocidentais, particularmente os Estados Unidos e Israel, que não mantêm relações diplomáticas com o Irã.
Para 45 das 290 cadeiras será necessário um segundo turno, que será realizado em abril ou maio.
A Assembleia de Peritos, composta por 88 clérigos, também será dominada pelos conservadores. Espera-se que este órgão desempenhe um papel fundamental no processo de nomeação do próximo líder supremo.

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